Seca no Rio Solimões isola mais de três mil pessoas; ribeirinhos usam enxadas para abrir canais para embarcações no AM

  • 13/09/2024
(Foto: Reprodução)
Benjamin Constant enfrenta a pior seca já registrada na região. A cidade no interior do Amazonas, que depende dos rios para transporte e abastecimento, já tem alta nos preços de passagens de barco e mercadorias. Moradores sofrem com a pior seca do Rio Solimões em Benjamin Constant Rede Amazônica Benjamin Constant, cidade no sudoeste do Amazonas com menos de 44 mil habitantes, enfrenta uma seca extrema que tornou a navegação quase impossível, obrigando os ribeirinhos a usar enxadas para abrir canais para pequenas embarcações. Com os rios em níveis críticos e a interrupção do transporte por hidrovias, três mil e setecentas pessoas estão isoladas, e os preços de remédios e alimentos dispararam. 📲 Participe do canal do g1 AM no WhatsApp A principal passagem pelo Rio Solimões, que dá acesso à cidade, está bloqueada por bancos de areia, e a seca começou muito antes do esperado este ano. Em julho, a navegação já havia sido interrompida, e a Defesa Civil local ainda não tem previsão para a recuperação das águas. Outro canal do Rio Solimões, ainda navegável, também está em risco de secar completamente. Se isso acontecer, Benjamin Constant ficará isolada de Tabatinga, o polo econômico mais próximo. O Solimões está enfrentando a pior seca dos últimos 42 anos. Agricultores, pescadores e a população que depende do transporte fluvial em Tabatinga, também estão enfrentando uma crise ambiental. Na quinta-feira (13), o alto Solimões alcançou um o nível -1,71 metro, conforme dados da Defesa Civil estadual. Moradores sofrem com a pior seca do Rio Solimões no Amazonas Rede Amazônica LEIA TAMBÉM: Trecho do Rio Solimões no AM tem menor nível da história e pode isolar cidades Seca do Rio Solimões revela ruínas históricas da coroa portuguesa; veja imagens Rio Solimões vira 'deserto de areia' após seca no Amazonas; veja VÍDEO Mais de um terço da população de Benjamin Constant, que conta com 44 mil habitantes, está afetada pela estiagem. A alta nos preços de passagens de barco e mercadorias é uma consequência direta da seca. O arroz, que custava R$ 5, agora está R$ 7, e o óleo subiu de R$ 7 para R$ 8. Em uma das 26 comunidades isoladas da região, a prefeitura está perfurando um poço para garantir o abastecimento de água, que antes vinha do rio e da chuva. Odinei Barbosa, presidente da comunidade pesqueira local, percorreu três quilômetros de um rio seco para ajudar na construção do poço. "Tivemos que pegar duas canoa, passar o material para uma e depois passar para outro. E essa luta que para carregar, é mais ou menos essa distância aí que eu falei", diz o presidente da comunidade pesqueira. Benjamin Constant enfrenta os efeitos da pior seca do Rio Solimões, no AM Moradores do Amazonas sofrem com a pior seca do Rio Solimões Reprodução/TV Globo

FONTE: https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2024/09/13/seca-no-rio-solimoes-forca-ribeirinhos-a-usar-enxadas-para-abrir-canais-para-embarcacoes-no-am.ghtml


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